terça-feira, 14 de junho de 2011

Mulheres Adiam Ou Desistem Do Sonho De Ser Mãe Para Trabalhar

O movimento feminista resultou em muitas conquistas para as mulheres  como: o direito ao voto e de pedir o divórcio, por exemplo. Mas mesmo  após três séculos de lutas, as mudanças em relação à sua inserção no  mercado de trabalho ainda são lentas. Para elas, o simples fato de ser  ou ter o desejo de ser mãe pode tornar-se um empecilho na sua vida  profissional. Muitas empresas levam em conta no momento da contratação  se a mulher tem filhos ou se pretende tê-los no futuro. Além de ser mais  dispendioso contratar e manter uma mulher com dependentes, a  disponibilidade para viagens é quase nula dependendo da idade da criança  e ainda há a possibilidade de maior número de faltas por causa dos  filhos. Crianças costumam ficar doentes e não escolhem o momento para  isso. Pode ser num feriado, no dia de maior movimento na empresa ou no  dia de uma reunião importantíssima. Para evitar situações como estas  muitas mulheres adiam ou deixam de lado o sonho de ser mãe. Mas será que  esta é a melhor decisão a ser tomada? Saber o momento certo para  ter um filho é um desafio constante na vida da mulher que almeja ter  uma vida profissional bem-sucedida. Engravidar significa para muitas  abandonar seus objetivos profissionais e dedicar-se ao cuidado da  família. Conciliar o trabalho doméstico com o trabalho fora de casa é  uma tarefa árdua e exige muita paciência e dedicação. Fatores como serem  vistas como "penetras" em ambientes considerados masculinos, receberem  salários até 40% menores que os homens e a pouca representatividade  entre os cargos de chefia nas empresas, propiciam esse afastamento.  Existem leis que proíbem discriminação admissional e que garantem a  permanência da mulher no emprego antes, durante e após o parto, mas  muitas vezes, estas leis são ignoradas e ao saber da gravidez de uma  funcionária, algumas empresas a demitem ou após o período de licença a  dispensam do trabalho sem justa causa. Esta atitude causa impacto  negativo nos resultados dos demais colaboradores gerando um clima  organizacional ruim e pode refletir uma imagem negativa para a empresa  no mercado passando a ter dificuldade em recrutar e manter bons  profissionais. A realidade evidencia que os fatores culturais  ancorados no patriarcado, privilegiando e valorizando mais os homens  para colocar em segundo plano as mulheres e suas contribuições, são tão  fortes que, passadas décadas e muitas vitórias no que se refere à  obtenção de leis favoráveis às mulheres e à visibilidade do papel  fundamental que elas desempenham na sociedade, a tão desejada equidade  de gênero ainda não aconteceu. (TORREÃO, 2007, p.19) Durante  séculos elas viveram à margem da sociedade submissas a seus maridos e  reprimidas por uma cultura que valoriza o homem e subestima a mulher.  Agora estão tendo a oportunidade de mudar a história e conquistar sua  independência invadindo o espaço que era exclusivo dos homens. O que  deve ser visto como importante pelas empresas é a competência da mulher  em realizar suas atribuições de maneira satisfatória e não o fato dela  ser mãe ou desejar ter filhos. Apesar de todas as dificuldades  enfrentadas, a mulher vem ganhando cada vez mais destaque no trabalho  fora de casa, superando os preconceitos e mostrando que tem potencial. O  sonho de qualquer profissional é ter sucesso naquilo que faz e para a  mulher não é diferente. Algumas empresas já perceberam o poder da mulher  e cada vez mais as agregam em seu quadro de funcionários. A empresa que  valoriza o trabalho feminino e oferece melhores condições para que  conciliem trabalho doméstico e vida profissional além de reter essas  funcionárias, ganha colaboradores mais satisfeitos e realizados,  melhorando a qualidade do seu trabalho e do ambiente onde vivem. É uma  relação onde todos ganham e deve ser cada vez mais valorizada pelas  organizações.

 

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